still alive

um pensamento,

um sorriso.

outro pensamento,

uma lágrima.

nenhum pensamento,

paz.

pensar e sofrer?

não pensar e apenas existir?

mente que vagueias,

podes continuar.

as long as i'm hurting, i know i'm alive

utopias alcançáveis

futuro utópico. ideias e pensamentos idealistas. comportamentos comodistas. realidades paralelas e impossíveis de cruzar. metas e objectivos irreais e paradoxais. duas vias semelhantes separadas por uma linha invisível de racionalizações irracionais, impostas por uma autoridade que não manda, mas que seguimos sem pensar, sem ver, sem saber, apenas porque sim. presente que passa pela janela do comboio parado em que viajamos, enquanto olhamos para o passado que nos trouxe até aqui. temos os olhos abertos, embora tapados, e tentamos ver pelas frestas por onde entra a luz. cegamos com tamanha luminosidade, assustamo-nos e não avançamos. ficamos. futuro certo e comodista, expectável e aceitável. mudar de rotina, mudar as lentes com que vemos o mundo, porque não? o tal futuro utópico a mim parece-me alcançável e caminho em direcção a ele, sozinha e de frente para a luz.

Imagino...ME

Imagino-me a saltar de nenúfar em nenúfar, sem pensar nas consequências de um passo em falso.
Mente tranquila, livre, autêntica.
Vazia de preocupações e moralidades.
Imagino-me algures que não aqui.
Algures onde posso ser EU.
Algures sem amarras e pedras no caminho.
Sonho, a toda a hora, com uma realidade diferente.
Na verdade, a MINHA realidade.
Apenas não se insere na realidade presente.
Só e apenas na MINHA mente e no MEU sonho.
Esquizofrénica sou, parece-me.

engraçado? dor...

É engraçado...
Como o tempo passa,
como o mundo evolui,
como ficamos iguais.

Subi a montanha a pensar que ia ver o horizonte, o infinito e tudo o que consigo avistar é o abismo, o vazio.

Sombras do passado tapam o sol do presente e do futuro.

Porque é que tem de ser sempre tudo tão escuro? Até o lusco-fusco faz mais sentido.

Não me falas. Dor. Sufoco só de pensar.

A minha mente torna-se um buraco negro, suga tudo o que é colorido cá fora e deixa um rasto de devastação e mágoa.

Quero descer a montanha para voltar a ver o chão, mas está tapado! Tapado pela escuridão vinda de nenhures, trazida por ninguém, sem previsão de se ir embora.

Tento afastar a escuridão com este pensamento 'engraçado...', não funciona.

A graça não está do meu lado, está do lado da razão.

Razão esta que não me fala, cortou relações comigo e não me quer ajudar.

Não me ajuda a desvanecer a escuridão, assim não consigo!

Tenho de ir consultar as sábias formigas, sempre a viver com a razão do seu lado, talvez elas me ajudem.

Tenho de viver, só, viver sem pensar em fazer com que a escuridão se desvaneça.´

Ela há-de ir.

Engraçado...

Parabéns aos meus afilhados lindos!!!

"Juro e jurarei,

Despedir-me em cada praxe, com uma lágrima no canto do olho. De joelhos torcidos, de juízo comido, de coração partido e alma depenada, esperando ansiosamente todas as fatídicas quintas-feiras da minha vida académica.

Juro e jurarei,

Nunca dizer adeus,

E lembrar estes momentos sempre com afeição."

o escape de uma realidade irreal

fecho os olhos e saio desta dimensão.
imagino-me num universo paralelo,
com cores berrantes e uma luz ofuscante.
essa luz simboliza tudo o que foi e há-de ser,
bom e mau, tudo aprendizagens.
fecho os olhos e fico bem,
fecho os olhos e entro num universo onde tudo é possível.
mas não o é no nosso também?
achamos que não,
que há limitações para tudo.
mas não.
esta nossa percepção da realidade
não passa de uma irrealidade.
vemos o mundo com umas lentes,
enquanto que o devíamos ver com outras,
as que iriam permitir vermos o mundo da melhor maneira.
enquanto isso não acontece
vou continuar a fechar os olhos para escapar desta realidade irreal.

um desejo. a vida.

pede um desejo. suspira como se ele se fosse realizar já. fecha os olhos. imagina o que pediste. abre os olhos. não, não se realizou. faz com que se realize. luta. não esperes que caia do céu. nós criamos as nossas próprias oportunidades.

uma rajada de vento fez com que uma mecha de cabelo me impedisse de o ver a aproximar-se, mas quando o vi... ai, quando o vi! era ele. ELE! 

uma brisa suave arrepiou-me, ou terá sido a visão dele? aquela visão de outro mundo. dois universos juntos, separados, simbióticos, independentes. dois universos que fazem sentido juntos. infinitos na infinidade um do outro.

acordamos sem saber onde estados. adormecemos sem a garantia de acordar. sonhamos com o que queremos ter. vivemos a pensar em algo não presente. morremos a pensar no que poderia ter sido.

Vazio

Tenho um vazio dentro de mim.
É só.
Um vazio.
Ouço o silêncio cá de fora, a falta de tudo.
Sinto como se dentro de mim estivesse um buraco negro, que suga tudo, seja bom ou mau.
Tudo o que acontece, por mais positivo que seja, é sugado, bloqueado, transformado em negativo.
Tudo o que é branco torna-se preto.
Tudo o que tinha vida torna-se morto.
As palavras tornam-se em murros no estômago, facadas nas costas.
E nem essas sangram, não há sangue, nada que prove a minha humanidade.
Tenho um vazio dentro de mim.
Só. Um. Vazio.

Sinto falta

sinto falta de um abraço inesperado.

sinto falta de um carinho roubado em público.

sinto falta de um gosto de ti sentido.

sinto falta de um olhar de compreensão mútua.

sinto falta do amor.

sinto falta da minha mãe.

sinto falta de sentir que vale a pena existir.

A rima; a vida

Era uma vez,
uma rima.
Mas esta rima,
coitada,
não rimava.
com nada!
E,
quando percebeu,
que não rimava,
ficou triste.
Chorou,
dias e dias,
sem parar.
Mas depois,
ao perceber que a vida não é assim linear,
parou de chorar.
Começou a rir,
e percebeu, 
pois,
que começou a rimar.

A vida acontece quando paramos de tentar fazê-la acontecer.

Dimensões

Perdi-me nas dimensões do teu olhar. Um pensamento psicadélico assolou-me a mente. Perder-me, para sempre, na ilusão de poder navegar em ti. Eternamente, até ao fim and beyond. Dimensões paralelas e perpendiculares. Existentes e tangíveis. Ilusórias e imaginárias. O melhor pensamento que já tive. A ideia de ti. De mim. De nós. Juntar dimensões. Unir universos. Eu. Tu. Nós?

Uma página em branco

Uma página em branco. Um futuro incógnito. O que fazer? O que dizer? Um rasgo de luminosidade vinda de nenhures. Luminosidade invisível porque me atormentas? Cegas-me com tamanha escuridão! Interrogo-me afirmando não saber nada. Afirmo quem sou perguntando quem és. Eternamente inexistentes somos todos. Passageiros de um comboio que não avança nem recua, não sobe nem desce. Um abraço sem toque, infinito no olhar de quem não vê. Um fogo frio queima-me a alma. Alma? Pedaço de existência encoberto por mentiras sinceras de quem pensa o contrário do que fala. No topo do mundo sentindo-me submersa. Abaixo de ti vendo-te de cima. Adiciono sentimentos ilusórios subtraindo sensações exactas. Existo numa animação sombria de quem vê para dentro. Uma página em branco? Antes fosse.

O que já foi, o que aí vem

Nem sei por onde começar.

Talvez por ti... Se soubesses tudo o que foste e o que continuas a ser para mim, gostava de saber o que dirias, o que sentes, se fui também para ti alguém importante. Não me sais da cabeça. Ainda me lembro do dia que te conheci, 12 de Abril de 2011. Apaixonei-me alguns dias depois, há quem diga que é impossível... Eu sinto que é possível, tanto que ainda não te esqueci. Falo contigo quase todos os dias e quando não falo sinto falta, a tua falta. Sinto falta da tua presença ao meu lado, de saber que ia estar contigo alguns momentos depois, que ias sorrir para mim, que me ias abraçar... Tempos que já lá vão, só te quero ver outra vez, só isso.

Continuando.

Não tenho resoluções propriamente ditas, só umas ideias do que quero fazer este ano e de respostas que quero receber...

- Espero receber uma resposta positiva acerca da minha candidatura para ERASMUS;

- Espero que abram mais vagas para o ENEP para as minhas migax se poderem inscrever;

- Espero passar a todas as cadeiras! com notas melhores que o ano passado;

- Quero ir ao Festival das Músicas do Mundo em Sines, já que não fui o ano passado;

- Quero passar Agosto em Albufeira;

- Quero que a semana que estou a planear no início de Setembro com os meus migux se realize;

- Quero que os meus 3 afilhados acabem a Praxe com lágrimas nos olhos e a alma despedaçada como eu o ano passado!;

- Quero ir passar a passagem de ano à Madeira;

- Quero ler Os Irmãos Karamazov, de Dostoievski, e Humano, Demasiado Humano, de Nieztsche.

Acho que é só, eu com os meus amigos e a minha família a sermos felizes a andar de um lado para o outro, a absorver novos conhecimentos sempre que saímos porta fora!