Uma página em branco. Um futuro incógnito. O que fazer? O que dizer? Um rasgo de luminosidade vinda de nenhures. Luminosidade invisível porque me atormentas? Cegas-me com tamanha escuridão! Interrogo-me afirmando não saber nada. Afirmo quem sou perguntando quem és. Eternamente inexistentes somos todos. Passageiros de um comboio que não avança nem recua, não sobe nem desce. Um abraço sem toque, infinito no olhar de quem não vê. Um fogo frio queima-me a alma. Alma? Pedaço de existência encoberto por mentiras sinceras de quem pensa o contrário do que fala. No topo do mundo sentindo-me submersa. Abaixo de ti vendo-te de cima. Adiciono sentimentos ilusórios subtraindo sensações exactas. Existo numa animação sombria de quem vê para dentro. Uma página em branco? Antes fosse.
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