Coisas possivelmente interessantes

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Desejos e desilusões

Eu quero.
Eu posso.
Eu vou fazer.

Desejo!

Eu chumbo.
Eu falho.
Eu choro.

Desilusão!

Eu esforço-me.
Eu dedico-me.
Eu tento.

Para quê?

Não funciona.
Não vale a pena.
Não.

Desilusão!

Por outro lado...

Eu aprendo.
Eu esforço-me outra vez.
Eu dedico-me outra vez.
Eu vou tentar outra vez.

Nem tudo é mau.

Vontade de fazer melhor.
Desejo de superar tudo.
Ambição de corrigir os erros.

Tudo vai melhorar.

Alegria.
Felicidade.
Rejubilação.

Já vejo as pombas brancas.
Já sinto o vento na minha pele.

Paz, enfim paz.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Vaguear em memórias do passado

Oh mente!
Oh cérebro!
Oh pensamento!

Tu que vagueias pelo limiar do imaginário.
Tu que desafias o impossível.
Tu que imaginas o inimaginável.
Tu que me fazes acreditar em tudo.

Pára.

O impossível existe.
O possível é relativo.
O impossível acontece.
O possível é impossível.

Podes continuar, afinal.

Ai vida imaginária, que bonita que és.
Olá Mãe, que saudades!
Acho que vou ficar aqui para sempre.

Chega!
Correrias e desassossegos.
Viagens por memórias distantes.

Dor.
Vazio.
Lágrimas escorrem-me pelo rosto.

Um sorriso?

Sim, nem tudo é mau.
Mesmo no meio da tempestade há algo bom.
Algo que valha a pena celebrar.

Uma gargalhada.
Duas, três, quatro.

Felicidade latente, escondida na dor.
Mostra-te, manifesta-te!

Fazes falta.
Volta!

Quem te levou?
Maldita vida!
Maldita injustiça!
Maldição.

Ser impossivelmente feliz.
Ser possivelmente triste.
Ser.
Apenas ser.

Viver. Morrer.

Ai vida.
Vida cruel.
Vida imprevisivel.
Vida alegre.
Vida.

Vida que vem.
Vida que vai.
Vida que fica?
Nunca!

Vida que é vida vem, vai, mas não fica.

O que nos resta?

Viver.
Viver imprevisivelmente.
Viver alegremente.
Viver apesar da crueldade que implica viver.

Morrer?
É inevitável.
É natural.
Faz parte da vida.

Morte serena que nos salvas desta vida conturbada.
Morte conturbada que nos tiras desta vida serena.

Viver sem morrer.
Morrer sem viver.

Viver,
Morrer?
Eis a questão.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Pipocas, rebuçados e algodão doce!

Ah!
Bela infância que eu tive!
Podia comer tudo isto e sentir-me realizada por isso, era feliz por comer porcarias!
Agora como porcarias e sinto-me culpada por não ir abater todas as calorias que ingeri.

Oh!
Infelicidade de crescer, de evoluir, de ir morrendo aos poucos!
Infelicidade generalizada de respirar e sofrer, sofrer.
Dor ao sentir, dor ao abrir os olhos, dor ao falar, dor ao não ser ouvido.

Ah!
Adolescência bendita!
Sorrisos à espera de serem correspondidos.
Olhares à espera de serem notados.

Oh!
Porquê?
Ninguém olha, ninguém vê, ninguém quer saber.
Todos ocupados com a própria infelicidade.

Ah!
Pipocas.
Rebuçados.
Algodão doce!

Oh!
Alegria e tristeza eterna.
Busca da perfeição impossível.
Dor latente e infinita.

Ah!
Serás tu?
Será ele?
Quem será?

Oh!
Será que vai haver alguém a libertar-me deste torpor constante?
Será que vai haver alguém a fazer-me respirar de novo?
Será que vai haver alguém a querer ficar a meu lado?

Ah!
Alguém.
Um dia.
Sim! :)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cenas...

O mundo é bué de cenas.
Cenas boas, cenas más, cenas fixes, cenas estranhas.
Enfim, cenas.
E são cenas como o teu olhar, a tua voz e a tua simples presença que mais falta me fazem.
Quando é que te vou ver?
Hoje?
Amanhã?
No mês que vem?
Daqui a 10 anos?
Nunca?
Não faz mal.
As nossas cenas valeram a pena.
Sinto cenas por ti, sabes?
Cenas que não tão a ser fáceis de ignorar.
Vou deixar estas cenas aqui a marinar.
Se também sentires cenas por mim diz-me, por favor.
Se não, diz também.
Para eu deixar estas cenas partirem como os passarinhos quando sentem uma brisa suave capaz de os levantar.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Tu...

Tu,
Com esse sorriso rasgado e esse brilho nos olhos.
Tu,
Com esse jeito de ser, envergonhado, e essa maneira de falar.
Tu,
Com esse sotaque e essa adoração por espirros fofinhos.
Tu,
Com esse cabelo loiro e esses olhos verdes.
Tu, tu, tu.

Conheço-te há 8 dias.
Vives a 300 km de mim.
Mal me falas.
Não te consigo tirar da cabeça.

Sentimentos apareceram, sentimentos desenvolveram-se.
Sentimentos que eu nem queria que existissem, agora não se querem ir embora.

Tu! :(

sábado, 7 de janeiro de 2012